Exposição

Maria Martins

Desejo imaginante

12 Mar a 26 Jun

De terça-feira a domingo
das 12h às 18h
*Entrada até 17h15

R. Cosme Velho, 1105
Rio de Janeiro, RJ

Exposição

Maria Martins

Desejo imaginante

12 Mar a 26 Jun

De terça-feira a domingo
das 12h às 18h
*Entrada até 17h15

R. Cosme Velho, 1105
Rio de Janeiro, RJ

Maria Martins
O impossível, 1940

O impossível

Desejo imaginante

Uma exposição de Maria Martins, em colaboração com o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), aprofunda uma parceria que remonta não apenas a iniciativas recentes, como também aos tempos de nosso patrono.

Em 1950 a casa no Cosme Velho abrigou um evento marcante. Foi a exibição dos quadros Retrato de Leopold Zborowski, de Amedeo Modigliani, e o retrato que Pierre-Auguste Renoir pintou de seu filho Claude, peças importantes da futura coleção paulistana. A campanha capitaneada por Assis Chateaubriand para formar o acervo do MASP teve um forte eco também entre os empresários cariocas. Desembarcadas no porto do Rio de Janeiro, nada mais natural que, antes de partir para São Paulo, as pinturas fossem apresentadas na então capital federal. Stella e Roberto Marinho, ladeados pelo vibrante dono da Rede Tupi, receberam os convidados. Foi um excelente exemplo da união de dois empresários concorrentes em favor do cenário cultural do Brasil.

O trabalho de Maria Martins nem sempre foi tão apreciado como hoje. Restrições eram-lhe nutridas pela nata da crítica de arte e por destacados pintores. A primeira lamentava que sua arte não fosse claramente ligada a uma corrente, de preferência geométrica; já os mestres das tintas, à procura de tons locais, rejeitavam o que não fosse exclusivamente ligado a termos nacionais. Os “defeitos” então alegados na obra da escultora seriam, hoje, considerados virtudes: a expressão singular de sentimentos, a marca absolutamente feminina e a não evidência de pertencimento a uma corrente específica.

Maria Martins é uma artista que se destaca na Coleção Roberto Marinho com três esculturas importantes, dentre as quais a obra seminal O implacável (1944). Em 2021, integrou-se ao conjunto, pela generosa doação de Heloisa e Carlos Luiz Martins Pereira e Souza, o álbum de gravuras em metal Maria (1946).

Como de hábito, sem recorrer a incentivos fiscais de quaisquer espécies, o Instituto Casa Roberto Marinho apresenta a arte pessoal, intrinsecamente feminina e tropical de Maria Martins.

Lauro Cavalcanti
Diretor Executivo
Instituto Casa Roberto Marinho

Obras expostas

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