Exposição

Alegria aqui é Mato

10 olhares sobre a Coleção Roberto Marinho

11 Dez a 02 Abr

De terça-feira a domingo
das 12h às 18h
*Entrada até 17h15

R. Cosme Velho, 1105
Rio de Janeiro, RJ

Exposição

Alegria aqui é Mato

10 olhares sobre a Coleção Roberto Marinho

11 Dez a 02 Abr

De terça-feira a domingo
das 12h às 18h
*Entrada até 17h15

R. Cosme Velho, 1105
Rio de Janeiro, RJ

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Identidade visual exposição Alegria aqui é Mato

Identidade visual exposição Alegria aqui é Mato

10 olhares sobre a Coleção Roberto Marinho

A Casa Roberto Marinho é dedicada a exposições envolvendo a sua coleção no campo das artes visuais. Enquanto residência do jornalista, abrigou, ao longo de seis décadas, manifestações de vários setores da criação: peças de teatro, projeções de filmes, apresentações musicais e literárias.

Seguindo essa tradição, nesta mostra, em 2022 os participantes não se restringem, apenas, a artistas plásticos. Ampliou-se o convite a profissionais do cinema, música, teatro, design e arquitetura.

Dez expoentes da arte brasileira organizaram os espaços com obras do acervo da instituição dialogando, por vezes, com peças de sua propriedade ou autoria: Adriana Calcanhotto, Antonio Carlos da Fontoura, Fernanda Montenegro, Gabriela Machado, Glauco Campello, José Damasceno, Marcos Chaves, Paulinho da Viola, Victor Burton e Walter Carvalho. Formou-se, desse modo, um pujante conjunto de nossa múltipla e resiliente cultura.

No térreo o visitante poderá flanar pelos modos de passar o tempo, apreciar a estética sofisticadamente áspera do Sertão Nordestino, assim como ver e ouvir registros de pintores contemporâneos. No primeiro andar será recebido pela profética alegoria de “Vai Passar”, poderá contemplar as seleções visuais de um músico de ofício, fruir as texturas e escalas da pintura, viver a associação de conceitos entre as obras e penetrar no universo feminino de “Perigosas Motoristas”; após a experiência do olhar do fotógrafo o espectador viverá o momento do texto e a eternidade do artista.

O título da exposição surgiu no processo de sua feitura. Na seleção inicial do setor “Tempo Livre”, a cargo de Victor Burton, constava uma fotografia de Hart Preston: um flagrante do carnaval carioca de 1942; ambíguo, ainda que festivo, sobressaía-se nele a palavra “tristeza”. Tão Brasil. Tão ainda... No lugar de tristeza, escrevemos alegria. Alegria de viver, alegria de criar*. “Mato” na gíria antiga significava abundância. Muita arte, pois, aqui, no Cosme Velho, ela é “mato”**.

LAURO CAVALCANTI
2022

* Projeto de Mário Pedrosa e Lygia Pape, em 1977, para o Museu de Arte Moderna do Rio
** Vale registrar o uso pioneiro do título “Arte Aqui é Mato” num importante trabalho de Aline Figueiredo sobra a arte mato-grossense.

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